O império português, estabelecido ao longo dos séculos XV e XVI, precisou contar com agentes metropolitanos, que representariam o rei nas colônias da América, Ásia e África. Foi preciso criar órgãos responsáveis por afirmar e manter o domínio português nesses territórios, controlando a cobrança de impostos, a justiça e o comércio.
Em Portugal, depois do fim da União Ibérica (1640), a administração foi organizada dessa maneira (simplificadamente):O órgão responsável pelas partes do império localizadas fora a Europa é o Conselho Ultramarino. Na América Portuguesa a administração era exercida do seguinte modo (também simplificadamente):
É importante lembrar que essas relações entre os diferentes níveis administrativos poderiam ser flexíveis de acordo com a situação.
No âmbito local, duas instituições eram muito importantes: as Câmaras Municipais e as Irmandades da Misericórdia. Ambas deveriam ser compostas por "homens-bons", ou seja, homens de sangue "puro" (não poderia ser descententes de negros, judeus ou mouros) que faziam parte da elite local, tendo posses e uma boa reputação. Apesar dessas exigências, no entanto, alguns homens influentes que eram mestiços ou cristãos-novos (judeus recém-convertidos ao catolicismo) conseguiam alcançar postos nas câmaras ou irmandades da Misericórdia.
As Câmaras tinham a função de distribuir terras, cobrar impostos, controlar o comércio local, financiar obras públicas e festas. Elas tinham certa autonomia e, se fosse necessário, poderiam apelar diretamente pela Coroa. Tinham, no entanto, que negociar com os outros poderes, como o governador da capitania ou o procurador da Fazenda Real (responsável por controlar as finanças da Coroa).
As Irmandades tinham como principal função a caridade: cuidavam dos enterros, ajudavam os que estavam com dificuldades financeiras etc. Existiram irmandades de escravos, que conseguiram, algumas vezes, comprar a alforria de seus participantes. A Irmandade da Misericórdia, porém, era composta pela elite, e servia também como um "banco", emprestando dinheiro às pessoas que dela faziam parte. Sua influência política e social esteve presente em várias decisões administrativas e políticas nas vilas. Além disso, foi dessa irmandade que surgiram as Santas Casas de Misericórdia, que existem até hoje em muitas cidades brasileiras.
Em Portugal, depois do fim da União Ibérica (1640), a administração foi organizada dessa maneira (simplificadamente):O órgão responsável pelas partes do império localizadas fora a Europa é o Conselho Ultramarino. Na América Portuguesa a administração era exercida do seguinte modo (também simplificadamente):
É importante lembrar que essas relações entre os diferentes níveis administrativos poderiam ser flexíveis de acordo com a situação.
No âmbito local, duas instituições eram muito importantes: as Câmaras Municipais e as Irmandades da Misericórdia. Ambas deveriam ser compostas por "homens-bons", ou seja, homens de sangue "puro" (não poderia ser descententes de negros, judeus ou mouros) que faziam parte da elite local, tendo posses e uma boa reputação. Apesar dessas exigências, no entanto, alguns homens influentes que eram mestiços ou cristãos-novos (judeus recém-convertidos ao catolicismo) conseguiam alcançar postos nas câmaras ou irmandades da Misericórdia.
As Câmaras tinham a função de distribuir terras, cobrar impostos, controlar o comércio local, financiar obras públicas e festas. Elas tinham certa autonomia e, se fosse necessário, poderiam apelar diretamente pela Coroa. Tinham, no entanto, que negociar com os outros poderes, como o governador da capitania ou o procurador da Fazenda Real (responsável por controlar as finanças da Coroa).
As Irmandades tinham como principal função a caridade: cuidavam dos enterros, ajudavam os que estavam com dificuldades financeiras etc. Existiram irmandades de escravos, que conseguiram, algumas vezes, comprar a alforria de seus participantes. A Irmandade da Misericórdia, porém, era composta pela elite, e servia também como um "banco", emprestando dinheiro às pessoas que dela faziam parte. Sua influência política e social esteve presente em várias decisões administrativas e políticas nas vilas. Além disso, foi dessa irmandade que surgiram as Santas Casas de Misericórdia, que existem até hoje em muitas cidades brasileiras.